Existe ou não existe o AUTISMO LEVE?

Em 2013, na atualização para o DSM-5, os termos “leve, moderado e severo” foram substituídos por níveis de suporte 1, 2 e 3 - desmistificando o pensamento que existiam pessoas “menos autistas”.

Anteriormente conhecido como autismo leve, o autismo nível 1 de suporte tb é cercado por desafios - dentre os quais, o maior é a banalização dos sinais.

Falar é diferente de se comunicar.
Ir a ambientes cheios de pessoas, não é estar incluído. E muito menos
não é dar conta de ir sem sofrimento.

Autistas níveis 1 também sofrem com o preconceito, principalmente quando não têm o diagnóstico. São rotulados de desatentos, preguiçosos, sistemáticos, anti-sociais e estranhos por uma sociedade que não os compreendem.

A banalização dos sinais atrasa o diagnóstico. A ausência de aceitação por parte dos pais e de tratamento, pode resultar no agravamento dos prejuízos na comunicação, na interação social e no comportamento.
Além de aumentar em 4 vezes mais a probabilidade de ansiedade, estresse, depressão e risco de suicído, como indicado no estudo “Prevalência de transtornos depressivos em indivíduos com Transtorno do Espectro do Autismo: uma meta-análise” (2019).

Todo nível de autismo deve ser tratado com seriedade de forma individualizada e respeitosa.

Texto inspirado em reflexão junto ao meu mentor em autismo dr. Thiago Castro.